Emprego de Conectores

Compartilhar

Emprego de Conectores

Confira também emprego de conectores e muito mais no YouTube

00:00 – Boas-vindas

Publicidade

00:30 – Conheça o que são conectores oracionais e sua importância

13:04 – Saiba quais são os elementos de conexão

15:29 – Como fazer o emprego dos pronomes relativos

38:22 – Utilizando corretamente as Conjunções

49:18 – Sobre o uso das Preposições

O emprego dos conetores/conectivos é extremamente importante na amarração do texto, os elementos de conexão servem exatamente para fazer essa conexão entre as palavras dentro de uma frase, entre as frases dentro de um parágrafo, entre os parágrafos dentro de um texto.

Então a necessidade de você saber trabalhar bem o emprego de conectores, sobretudo pronomes relativos e conjunção, e é claro as preposições, que estabelecem uma relação de dependência, de subordinação principalmente.

As preposições funcionam como elementos que fazem com que haja amarração de regência, em termos de regência verbal, regência nominal.

São considerados conectivos oracionais:

  • As conjunções
  • Os pronomes relativos
  • A preposição – Que funciona mais como um conector de palavras, estabelecendo relações de regência.
Curiosidade importante para quando você for estudar:

Vamos supor inicialmente, que alguém peça a você para contar as palavras no dicionário.

Você sabe quantas palavras estão registradas nos dicionários da língua portuguesa?

Na língua portuguesa, existem aproximadamente 350 mil palavras que estão registradas/dicionarizados em português.

Elaborando mais um pouco, se alguém pedisse para você para contar as palavras da língua portuguesa, separando-as por classes gramaticais.

Existem na língua portuguesa dez classes gramaticais:
  • 04 delas são invariáveis:
  1. Interjeição
  2. Preposição
  3. Conjunção
  4. Advérbio
  • 06 delas são categorias gramaticais flexíveis
  1. Artigo
  2. Numeral
  3. Adjetivo
  4. Substantivo
  5. Pronome
  6. Verbo
Existem na língua portuguesa a chamada classes gramaticais, palavras significativas e elementos de conexão.
conectivos-oracionais

A classe dos substantivos representa 62,5% das palavras que estão dicionarizadas;

Os adjetivos representam 17,5% das palavras;

Os verbos equivalem a 15% das palavras;

Os advérbios equivalem a 4,5% das palavras que estão no dicionário.

Ou seja, nessa estatística, 99,5% das palavras que estão dicionarizadas, pertencem apenas quatro classes gramaticais, as outras seis classes gramaticais representam apenas 0,5% das palavras que estão no dicionário.

Porém, o dicionário não vale, porque no dicionário as palavras estão em estado letárgico, estão dormindo.

Vamos fazer essa mesma estatística para os textos, na forma como você escreve, qual proporção de palavras?

conectivos-oracionais

Observe:

As palavras significativas nos textos representam apenas 20%;

Adjetivos mudam um pouco 17%;

Os verbos caem para 7,5%;

Os advérbios sobem para 5,5%.

As palavras de conexão que são insignificantes no dicionário, nos textos representam 50% ou seja, a metade das palavras.

Observe essa mesma estatística em questões de prova:

conectivos-oracionais

Estas estatísticas de prova, foi feita por mim, com base nos vários concursos públicos que eu já fiz ao longo da minha vida e vários outros concursos que ajudei candidatos a recorrerem de questões de provas etc.

Cheguei à seguinte conclusão:

As palavras significativas em concursos públicos não passam de 30% das questões de prova e os elementos de conexão, representam 70% das questões de prova.

Então, daí a importância de estudar esses elementos.

Emprego de Conectores – Elementos de Conexão: Conjunção, Preposição e Pronome Relativo

Preposições:

Existem na língua portuguesa 18 preposições essenciais quais são elas:

  1. A
  2. Ante
  3. Após
  4. Até
  5. Com
  6. Contra
  7. De
  8. Desde
  9. Em
  10. Entre
  11. Para
  12. Per
  13. Perante
  14. Por
  15. Sem
  16. Sob
  17. Sobre
  18. Traz

Existem também algumas classes gramaticais que às vezes tomam o lugar de uma preposição, são chamados de preposições acidentais.

Conjunções

Na língua portuguesa existem dois grandes grupos de conjunção as conjunções coordenativas e as conjunções subordinativas.

Coordenativas são de 5 tipos:
  1. Aditivas
  2. Adversativas
  3. Alternativas
  4. Conclusivas
  5. Explicativas

Subordinativas são de 10 tipos:

  1. Integrantes
  2. Causais
  3. Comparativas
  4. Concessivas
  5. Condicionais
  6. Conformativas
  7. Consecutivas
  8. Finais
  9. Proporcionais
  10. Temporais
Pronome Relativo

Os pronomes relativos são poucos osprincipais são:

  1. Que
  2. O qual e suas flexões: o qual, a qual, os quais, as quais
  3. Quem
  4. Cujo e flexões: cujo, cuja, cujos, cujas
  5. Onde suas formas variantes aonde, donde
  6. Como
  7. Quanto e suas flexões: quanto, quanta, quantos e quantas

Pronomes Relativos

Os pronomes relativos, portanto, alguns são variáveis outros são invariáveis.

Os pronomes relativos são primeiramente:

  1. Que
  2. O qual e suas flexões: o qual, a qual, os quais, as quais
  3. Quem
  4. Cujo e flexões: cujo, cuja, cujos, cujas
  5. Onde suas formas variantes aonde, donde
  6. Como
  7. Quanto e suas flexões: quanto, quanta, quantos e quantas

Alguns pronomes relativos têm o emprego bem restrito, outros já tem emprego mais abrangente.

Todos os pronomes relativos da língua portuguesa desempenham uma função sintática.

Pronome relativo: Onde / Aonde / Donde

Só podem ser empregados com referência a lugar

O que diferencia sua utilização é a regência.

Você usa onde se o verbo indicar lugar e pedir a preposição em.

Usa aonde se o verbo pedir a

Donde se o verbo pedir de.

pronomes-relativos

Isso com o verbo regendo essas preposições.

Pronomes relativos:
COMO

Tem uso bastante restrito, é sempre adjunto adverbial de modo, função sintática única para indicar modo.

CUJO

É um pronome relativo que indica posse, não é pronome possessivo, é relativo com a ideia de posse. Desempenha função sintática basicamente única de adjunto adnominal.

QUE

É empregado tanto para coisas quanto para pessoas.

O QUAL

É também empregado tanto para coisas, como para pessoas, sendo que é variável o qual, a qual, os quais, as quais.

QUEM

É empregado tão somente para pessoas, você emprega exclusivamente para pessoas.

QUANTO

E suas flexões, quanto, quanta, quantos, quantas só podem ser empregados, com referência ao um pronome indefinido.

Portanto, cada pronome relativo tem uma forma de empregar.

Alguns exemplos:

Errado:

“Eu fui a uma escola em Goiânia onde o diretor é meu amigo.”

“Isso aconteceu no ano passado, onde eu não tinha tanto conhecimento.”

Onde é apenas para indicar lugar.

Correto:

“Eu fui a uma escola em Goiânia cujo diretor é meu amigo.” (ideia de posse, o diretor é quem comanda a escola).

“Isso aconteceu na rodoviária aonde vão muitas pessoas.”

“Isso aconteceu na rodoviária donde vem muitas pessoas.”

Errado:

Este aqui é o meu amigo, que a esposa bateu o carro.

Este aqui é o meu amigo, que a esposa dele bateu o carro.

Correto:

Este aqui é o meu amigo, cuja esposa bateu o carro.

Esse é o meu amigo, por cuja esposa eu já fui apaixonado.

Esse aqui é meu amigo com cuja esposa eu fiz faculdade.

É muito importante que você saiba empregar o pronome relativo adequado, e sobretudo usar a regência do verbo de acordo com a regência do verbo e não usar a preposição.

Exemplos com o emprego do pronome relativo ONDE.

Canção do Exílio de Gonçalves Dias.

pronomes-relativos

O sabiá canta nas palmeiras, onde, em que lugar canta o sabiá? Nas palmeiras.

E porque o poeta não usou aonde ou donde.

Porque quem canta, canta em algum lugar.

Se fosse vai:

“Minha terra tem palmeira, aonde vai o sabiá”. Quem vai, vai a.

Se fosse vir:

“Minha terra tem palmeira, donde vem o sabiá”. Quem vem, vem de.

Se fosse passa:

“Minha terra tem palmeira, por onde passa o sabiá.” Quem passa, passa por.

Se fosse mudar-se:

“Minha terra tem palmeira, para onde se mudou o sabiá.” Quem se muda, se muda para:

Observe que a palavra vai sofrendo alteração em função da regência do verbo.

Você usa onde para indicar lugar e usa a preposição de acordo com a regência do verbo.

Exemplos do emprego dos pronomes relativos:

Que / Qual / Quem O pronome relativo tem a função de fazer a conexão entre as duas orações, substituindo um termo repetido.

pronomes-relativos

Quando existem duas orações e entre elas a um termo comum, substituímos esse termo comum por um relativo.

Ficando assim:

pronomes-relativos

Foi feita a substituição do termo repetido “livro” pelo relativo “que”.

Mas observe, o termo repetido foi substituído, mas quem gosta, gosta de alguma coisa, então sou obrigado a usar a preposição de acrescento essa preposição antes do pronome relativo que.

É possível usar no lugar, o relativo qual, da mesma forma

“Comprei o livro do qual os alunos gostam.”

Ou seja, você usa preposição acordo com a regência do verbo, quem gosta, gosta de.

Para coisas e pessoas nós empregamos que ou qual.

Quando falamos de pessoas o pronome relativo utilizado é o quem.

emprego-de-conectores

Observe, agora é professor, é pessoa, cumprimentei o professor e eu quero dizer que os alunos gostam do professor, então utilizamos de preferência o pronome relativo quem, que é indicado para pessoa.

Nos exemplos nós temos orações adjetivas, introduzidas pelos pronomes relativos, você usa o pronome relativo de acordo com o emprego dele.

A preposição não depende do relativo, não importa se você está utilizando, que, o qual, quem, cujo, onde, a regência que determina a presença da preposição.

Você usa a preposição, consoante regência do verbo, do nome e assim por diante, para pessoas emprega-se de preferência o relativo quem.

Cujo

Utiliza-se o pronome relativo cujo, quando eu quero indicar sobre algo que pertence a alguém, pois indica posse.

emprego-de-conectores

Outros exemplos:

Se fosse simpatizar, referir:

Cumprimentei o professor, com cujo livro os alunos simpatizam.

Cumprimentei o professor, a cujo livro os alunos se referem.

A preposição depende da regência, do verbo ou do nome, que você esteja empregado.

Exemplo de uma frase que ocorreu em uma prova de concurso público, aplicada pela Fundação Getúlio Vargas.

Diz assim:

Maria era uma companheira dessas, ____ figura andara todo o regimento apaixonado.

Primeira coisa que você precisa observar é:

Qual é o pronome relativo adequado?

Todo regimento andara apaixonado, não pela companheira, mas pela figura da companheira, por algo que pertence a companheira.

Como é figura, o relativo adequado é cuja, necessitando da preposição por, pois, quem anda apaixonado, anda apaixonado por.

Maria era uma companheira dessas, por cuja figura andara todo o regimento apaixonado.

Na sequência, eram várias frases nessa questão.

Maria era uma companheira dessas, ______ figura as crianças tinham medo

Maria, era uma companheira dessas, de cuja figura as crianças tinham medo. (quem tem medo, tem medo de)

Maria era uma companheira dessas, ______figura os mais velhos se comoviam. (quem se comove, se comove com.)

Maria era uma companheira dessas, com cuja figura os mais velhos se comoviam.

Conjunções

Existem na Língua Portuguesa, dois grandes grupos consoantes que nós falamos.

Conjunções coordenativas

Conjunções subordinativas

Coordenativas

Estabelecem relação de coordenação, de independência.

Subordinativas

Dão uma relação de dependência, ou seja, ligam com orações com ideia de dependência.

Tanto a conjunções coordenativas quanto as subordinativas, introduzem em geral as orações, coordenadas, no caso as coordenativas, e subordinadas, no caso das subordinativas.

E novamente, a questão, a preposição vai aparecer, de acordo com a regência do verbo ou do nome.

Eu digo assim:

emprego-de-conectores

Quem tem certeza, tem certeza de.

Observe que neste caso, a palavra certeza, pede a preposição de.

É indevida a construção gramaticalmente falando, tenho certeza que, porque quem tem certeza de.

Nesse caso aqui, existem duas orações:

emprego-de-conectores

Completiva nominal porque ela completa o substantivo certeza. Quem tem certeza, tem certeza de, completa o nome, por isso que ela é completiva nominal, pode ser chamada também de complemento nominal oracional.

emprego-de-conectores

O que é um objeto indireto oracional? É mesma coisa que uma oração, que funciona como objeto indireto da outra, por ser objetiva indireta a presença necessária da preposição.

É muito comum, nós usarmos indevidamente a preposição, então nós cometemos erros, não cabe a preposição e nós tendemos a usá-la, ou deixamos de usar a preposição quando ela é necessária, usamo-la quando ela é proibida.

Por exemplo:

“Penso de que o Brasil deveria mudar sua política econômica.

Quem pensa, pensa algo, o verbo pensar está no sentido de julgar, de achar, nesta acepção o verbo é transitivo direto.

Quem pensa, pensa algo, então não se admite dizer “penso de que”, a presença da preposição é indevida em decorrência da regência do verbo.

Preposição

No caso de precisar e necessitar não cabe a preposição intermediando a ligação verbo auxiliar mais verbo principal.

Correto:

emprego-de-conectores

Porque quem precisa, precisa de.

Mas eu não posso dizer:

emprego-de-conectores

Neste caso fazer é um verbo infinitivo, é inadmissível presença da preposição ligando o verbo auxiliar ao verbo principal.

Quando é uma oração objetiva indireta aí a preposição de rigor.

Pois neste caso não se considera oração objetiva direta, considera-se locução verbal.

Existem casos em que o verbo auxiliar vem ligado ao principal por intermédio uma preposição por exemplo:

emprego-de-conectores

Cabe a preposição de e que, a preposição de é a legítima, mas é possível usar visto que a preposição que pertence às 19 classes e subclasses gramaticais, podendo ser utilizada.

A palavra que assume 19 funções morfológicas diferentes:
  1. Interjeição
  2. Advérbio
  3. Preposição
  4. Substantivo
  5. Partícula expletiva também chamada de partícula de realce
  6. Pron. relativo
  7. Pronome indefinido
  8. Pron. interrogativo,
  9. Conjunção coordenativa aditiva
  10. Coordenativa adversativa
  11. Coordenativa explicativa
  12. Subordinativa integrante
  13. Causal
  14. Comparativa
  15. Concessiva
  16. Condicional
  17. Final
  18. Temporal
  19. Conjunção subordinativa

Neste caso ela é uma preposição acidental.

Originalmente a preposição é de, o que acidentalmente virou preposição.

A palavra que só vira preposição quando liga o verbo ter ao infinitivo, dessa forma vira preposição portanto eu posso dizer assim:

Eu tive de sair de casa

Ou

Eu tive que sair de casa.

As duas estão corretas, mas é preferível que você empregue a preposição original.

Qual a preposição original? De.

Portanto, é possível usar a palavra que como preposição porque ela só é preposição nesses casos, quando liga verbo auxiliar e verbo principal

emprego-de-conectores

Está claro isto.

Conteúdos complementares
Como Estudar Português
Curso Completo Português Fácil, Fácil!
Ouça também nosso Podcast
Conteúdo anterior
Concordância Nominal
Próximo conteúdo
Uso de vírgula

Conteúdos Similares

Publicidade