Entenda mais sobre como empregar os pronomes relativos
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Pronomes Relativos
Os pronomes relativos alguns são variáveis outros são invariáveis.
Os pronomes relativos são primeiramente:
- Que
- O qual e suas flexões: o qual, a qual, os quais, as quais
- Quem
- Cujo e flexões: cujo, cuja, cujos, cujas
- Onde suas formas variantes aonde, donde
- Como
- Quanto e suas flexões: quanto, quanta, quantos e quantas
Alguns pronomes relativos têm o emprego bem restrito, outros já tem emprego mais abrangente.
Todos os pronomes relativos da língua portuguesa desempenham uma função sintática.
Pronome relativo: Onde / Aonde / Donde
Só podem ser empregados com referência a lugar
O que diferencia sua utilização é a regência.
Você usa onde se o verbo indicar lugar e pedir a preposição em.
Usa aonde se o verbo pedir a
Donde se o verbo pedir de.
Isso com o verbo regendo essas preposições.
Pronomes relativos:
COMO
Tem uso bastante restrito, é sempre adjunto adverbial de modo, função sintática única para indicar modo.
CUJO
É um pronome relativo que indica posse, não é pronome possessivo, é relativo com a ideia de posse. Desempenha função sintática basicamente única de adjunto adnominal.
QUE
É empregado tanto para coisas quanto para pessoas.
O QUAL
É também empregado tanto para coisas, como para pessoas, sendo que é variável o qual, a qual, os quais, as quais.
QUEM
É empregado tão somente para pessoas, você emprega exclusivamente para pessoas.
QUANTO
E suas flexões, quanto, quanta, quantos, quantas só podem ser empregados, com referência ao um pronome indefinido.
Portanto, cada pronome relativo tem uma forma de empregar.
Alguns exemplos:
Errado:
“Eu fui a uma escola em Goiânia onde o diretor é meu amigo.”
“Isso aconteceu no ano passado, onde eu não tinha tanto conhecimento.”
Onde é apenas para indicar lugar.
Correto:
“Eu fui a uma escola em Goiânia cujo diretor é meu amigo.” (ideia de posse, o diretor é quem comanda a escola).
“Isso aconteceu na rodoviária aonde vão muitas pessoas.”
“Isso aconteceu na rodoviária donde vem muitas pessoas.”
Errado:
Este aqui é o meu amigo, que a esposa bateu o carro.
Este aqui é o meu amigo, que a esposa dele bateu o carro.
Correto:
Este aqui é o meu amigo, cuja esposa bateu o carro.
Esse é o meu amigo, por cuja esposa eu já fui apaixonado.
Esse aqui é meu amigo com cuja esposa eu fiz faculdade.
É muito importante que você saiba empregar o pronome relativo adequado, e sobretudo usar a regência do verbo de acordo com a regência do verbo e não usar a preposição.
Exemplos com o emprego do pronome relativo ONDE.
Canção do Exílio de Gonçalves Dias.
O sabiá canta nas palmeiras, onde, em que lugar canta o sabiá? Nas palmeiras.
E porque o poeta não usou aonde ou donde.
Porque quem canta, canta em algum lugar.
Se fosse vai:
“Minha terra tem palmeira, aonde vai o sabiá”. Quem vai, vai a.
Se fosse vir:
“Minha terra tem palmeira, donde vem o sabiá”. Quem vem, vem de.
Se fosse passa:
“Minha terra tem palmeira, por onde passa o sabiá.” Quem passa, passa por.
Se fosse mudar-se:
“Minha terra tem palmeira, para onde se mudou o sabiá.” Quem se muda, se muda para:
Observe que a palavra vai sofrendo alteração em função da regência do verbo.
Você usa onde para indicar lugar e usa a preposição de acordo com a regência do verbo.
Exemplos do emprego dos pronomes relativos:
Que / Qual / Quem O pronome relativo tem a função de fazer a conexão entre as duas orações, substituindo um termo repetido.
Quando existem duas orações e entre elas a um termo comum, substituímos esse termo comum por um relativo.
Ficando assim:
Foi feita a substituição do termo repetido “livro” pelo relativo “que”.
Mas observe, o termo repetido foi substituído, mas quem gosta, gosta de alguma coisa, então sou obrigado a usar a preposição de acrescento essa preposição antes do pronome relativo que.
É possível usar no lugar, o relativo qual, da mesma forma
“Comprei o livro do qual os alunos gostam.”
Ou seja, você usa preposição acordo com a regência do verbo, quem gosta, gosta de.
Para coisas e pessoas nós empregamos que ou qual.
Quando falamos de pessoas, o pronome relativo utilizado é o quem.
Observe, agora é professor, é pessoa, cumprimentei o professor e eu quero dizer que os alunos gostam do professor, então utilizamos de preferência o pronome relativo quem, que é indicado para pessoa.
Nos exemplos nós temos orações adjetivas, introduzidas pelos pronomes relativos, você usa o pronome relativo de acordo com o emprego dele.
A preposição não depende do relativo, não importa se você está utilizando, que, o qual, quem, cujo, onde, a regência que determina a presença da preposição.
Você usa a preposição, consoante regência do verbo, do nome e assim por diante, para pessoas emprega-se de preferência o relativo quem.
Cujo
Utiliza-se o pronome relativo cujo, quando eu quero indicar sobre algo que pertence a alguém, pois indica posse.
Outros exemplos:
Se fosse simpatizar, referir:
Cumprimentei o professor, com cujo livro os alunos simpatizam.
Cumprimentei o professor, a cujo livro os alunos se referem.
A preposição depende da regência, do verbo ou do nome, que você esteja empregado.
Exemplo de uma frase que ocorreu em uma prova de concurso público, aplicada pela Fundação Getúlio Vargas.
Diz assim:
Maria era uma companheira dessas, ____ figura andara todo o regimento apaixonado.
Primeira coisa que você precisa observar é:
Qual é o pronome relativo adequado?
Todo regimento andara apaixonado, não pela companheira, mas pela figura da companheira, por algo que pertence a companheira.
Como é figura, o relativo adequado é cuja, necessitando da preposição por, pois, quem anda apaixonado, anda apaixonado por.
Maria era uma companheira dessas, por cuja figura andara todo o regimento apaixonado.
Na sequência, eram várias frases nessa questão.
Maria era uma companheira dessas, ______ figura as crianças tinham medo
Maria, era uma companheira dessas, de cuja figura as crianças tinham medo. (quem tem medo, tem medo de)
Maria era uma companheira dessas, ______figura os mais velhos se comoviam. (quem se comove, se comove com.)
Maria era uma companheira dessas, com cuja figura os mais velhos se comoviam.
Conteúdos complementares