Concordância verbal
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Confira o que você vai encontrar neste artigo:
- 00:00 – Boas-vindas
- 00:12 – Regra geral – concordância verbal
- 05:45 – Sujeito coletivo
- 10:25 – Pronomes Relativos
- 24:41 – Expressões – mais de, menos de, cerca de, perto de
- 30:32 – Expressões – Alguns de nós, poucos de vós
- 35:04 – Verbos Impessoais – Haver e fazer.
Dá-se o nome de concordância ao mecanismo pelo qual as palavras alteram suas desinências para se adequarem harmonicamente na frase.
Regra geral – concordância verbal
Primeiramente é preciso que nós saibamos que concordância verbal diz respeito à relação sintática que se estabelece entre o verbo e o sujeito, é sempre feita do verbo com sujeito.
Por regra geral o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, apenas com o sujeito em número e pessoa ainda que estejam distanciadas entre si.
Então, a primeira preocupação é na identificação do sujeito, uma vez identificado o sujeito , é possível estabelecer a concordância adequada.
Exemplo:
Observe, como saber que documentos é o sujeito?
Formule a pergunta ao verbo, o que não chegou? Os documentos.
Se o sujeito é “os documentos”, ainda que esteja depois do verbo conduz o verbo obrigatoriamente ao plural.
Concordância verbal não é feita apenas quando sujeito está grudado ao verbo, é muito fácil você fazer concordância com sujeito está grudada ao verbo, por exemplo:
O menino saiu. – Sujeito no singular, verbo no singular.
Os meninos saíram – Verbo no plural , porque o sujeito está no plural.
Concordância é uma relação que se estabelece ainda que o sujeito esteja distante do verbo.
Obrigatoriamente, sempre que quiser estabelecer concordância, a primeira preocupação é identificar o sujeito:
- Sujeito singular o verbo no singular.
- Sujeito plural o verbo no plural .
Casos especiais:
O verbo concorda com o sujeito, e mais outra coisa, concorda com o sujeito especificamente com o sujeito em número e pessoa.
Mais especificamente com o núcleo do sujeito.Não chegaram os documentos necessários.
Participaram da manifestação vários artistas da TV.
Acabam de chegar à Brasília nesta manhã chuvosa de junho, dois representantes da ONU.
Sujeito coletivo
É o substantivo que designa uma grande quantidade de seres da mesma espécie, indica coleção.
Por ser coletivo requer o verbo na 3ª pessoa do singular.
Então, sempre que o sujeito for coletivo, indicar coleção, o verbo permanecerá inexoravelmente, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo:
Veja que matilha designa uma grande quantidade de cães de caça, mas por ser um coletivo, o verbo permanece na 3ª pessoa do singular.
Isso se aplica a povo, por exemplo:
O povo batalhou para conseguir esse direito. Não se admite dizer, o povo batalharam.
Um detalhe importante.
Caso este coletivo esteja acompanhado de um adjunto adnominal no plural, cabem duas concordâncias.
O verbo pode fazer a concordância com o núcleo do sujeito ou com o adjunto adnominal que acompanha esse núcleo.
O coletivo matilha está acompanhado do adjunto adnominal perdigueiros, é facultada a concordância com o núcleo do sujeito, ou com o adjunto adnominal.
O sujeito é a matilha de perdigueiros, acompanhado de adjunto adnominal perdigueiros.
Ambas as construções são legítimas da mesma forma.
Outros exemplos:
A multidão de aposentados protestou / protestaram.
A maioria dos alunos não conseguiu / não conseguiram resolver.
Coletivo verbo no singular, coletivo acompanhado de adjunto adnominal no plural, concordância com o núcleo do sujeito.
Concordância lógica ou concordância com adjunto nominal concordância chamada de enfática.
O cardume de dourados subia / subiam o rio para desovar.
Pronomes relativos
Todo pronome relativo, ele é relativo a um termo antecedente.
Pronome relativo que:
Quando o sujeito é o pronome relativo que, o verbo deve concordar com o termo antecedente desse pronome.
Aqui existem duas orações, pronome relativo que é sujeito de plantei, sempre que o que é sujeito, o verbo concorda, não com o sujeito, mas com o termo antecedente, com o referente do sujeito que sempre vem antes.
Não se admite falar fui eu que plantou.
Observe a conjugação do verbo:
EU fui
TU foste
ELE foi
Observe:
O termo referente/antecedente é o jardineiro, desta forma o correto que plantou.
Pronome relativo quem:
Quando há o relativo quem, admite-se duas possibilidades de concordância.
- O verbo permanece na 3ª pessoa do singular – concordância preferível
- Ou concorda com o termo antecedente – concordância admissível
Se você for construir uma frase, opte em fazer na 3º pessoa do singular, mas, se você observar que a frase pode concordar com o antecedente, admite-se. Em síntese, ambas as construções são legítimas.
Expressões um dos que, uma das que
Um dos que, uma das que – nesse caso o verbo vai de preferência ao plural.
Por exemplo:
Observe que neste exemplo, existe o pronome relativo que, porém, esse relativo está formando a expressão uma das que.
O das é contração da preposição de + pronome demonstrativo as. Neste caso a concordância é feita com o pronome demonstrativo.
Um ponto importante para destacar.
Existem casos que o verbo deve permanecer no singular,.
Existem muitos rios que nascem no estado de São Paulo e existem muitos rios que não nascem no estado de São Paulo, mas cruzam o estado de São Paulo.
Mas, existe apenas um rio que nasce no estado de São Paulo e que cruza o estado que é o rio Tietê.
Desta forma:
Para saber fazer esse tipo de concordância, é necessário conhecer o contexto.
Expressões mais de, menos de, cerca de, perto de
Estas expressões indicam quantidade aproximada, são expressões que se faz acompanhar de um numeral, então o verbo concorda com o numeral.
Uma observação.
Existe dois casos em que a expressão mais de um, requer o verbo no plural.
1. Quando a expressão aparece repetida, neste caso o sujeito é composto. Desta forma, o verbo concorda no plural, pois o sujeito é composto
2. Quando o verbo indica reciprocidade, troca de ação, neste caso obrigatoriamente no plural.
O ato de abraçar-se é uma ação recíproca, um abraçou o outro, houve uma troca de ação.
Alguns de nós, poucos de voz e outras equivalentes
Neste caso são expressões formadas de pronome indefinido – alguns, poucos, quais, quantos, muitos – e o pronome pessoal, nós ou vós preposicionado.
Neste caso a concordância pode ser feita tanto com o pronome indefinido, quanto com pronome pessoal.
Sempre que houver as expressões formadas de um pronome indefinido acompanhado de um pronome pessoal preposicionado, o verbo concorda, com um ou com outro, com pronome indefinido ou com pronome pessoal.
Exemplos:
Porém, se o pronome indefinido estiver no singular a concordância dar-se-á unicamente com ele, com pronome indefinido.
Porque neste caso o núcleo do sujeito o pronome indefinido está no singular portanto puxa para ser a concordância unicamente concordância com o núcleo do sujeito.
Verbos impessoais: HAVER e FAZER
Haver
Quando está no sentido de existir, permanece na 3ª pessoa do singular, pois ele impessoal, verbo que não tem sujeito, é verbo que ocorre em oração sem sujeito, é inadmissível usar no plural.
Se estiver acompanhado de um verbo auxiliar, também permanecerá na 3ª pessoa do singular, por isso se deve dizer.
É inadmissível colocar poderão haver.
Observe, se ao invés do verbo haver, for o verbo existir, muda tudo. Neste caso, o verbo existir tem sujeito e com ele concorda.
O verbo haver tem muitas acepções, aceita mais de 20 construções diferentes, uma delas, é no sentido de existir e fica sempre no singular.
Trocar pelo verbo existir
O verbo existir, correr, acontecer, concorda com o sujeito , o verbo haver sempre na terceira pessoa do singular, no sentido de existir.
Fazer
Verbo impessoal ou seja, também fica no singular, se estiver indicando tempo decorrido, também permanece na 3ª pessoa do singular.
Exemplo:
Observe que o verbo fazer está indicando tempo.
Se fosse uma locução verbal:
Sempre na 3º pessoa do singular, fazer na indicação de tempo, haver no sentido de existir.
O verbo haver, tem vários sentidos, por exemplo haver pode ser um verbo auxiliar, nesse caso não tem sentido nenhum, mas vai ao plural, por exemplo:
Eles haviam saído de casa.
Neste caso, o verbo sair é o que comanda a ação, o verbo haver é mero auxiliar.
Da mesma forma o verbo haver, tem o sentido de comportar-se.
Meus netinhos se houveram bem durante a festa infantil.
Verbo haver, pouco usado mas existe, no sentido de ter.
— Quantos filhos você tem?
— Eu tenho apenas dois.
Posso usar o verbo haver no lugar de ter.
— Quantos filhos você há?
— Eu hei apenas dois.
Portanto, o verbo haver no sentido de existir fica inflexivelmente na 3ª pessoa do singular.
Se acompanhado de um verbo auxiliar, o auxiliar fica obrigatoriamente também no singular.