Os erros mais comuns – Parte 2

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Os erros mais comuns – Parte 2

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Vamos dar continuidade ao erros mais comuns sobretudo na hora de escrever.

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Antes de iniciarmos, acho pertinente dar um conselho, estude! o conhecimento é algo que ninguém rouba de você.

Algumas vezes ao longo da vida, precisamos de alguém para nos apoiarmos, seja com um conselho, seja com um ombro amigo, seja para tirar alguma dúvida, seja essa pessoa, dê o conselho, estude, incentive sobretudo os mais jovens para que ele leia mais, pois ao ler mais ele escreve melhor.

Estude, o conhecimento é a única fortuna que vai te acompanhar pelo resto da sua vida.

  • 00:00 – Boas Vindas
  • 02:44 – Para EU e Para MIM 
  • 06:00 – Desinência
  • 15:14 – Viagem / Viajem – Uso de vírgula
  • 23:58 – Impresso – Imprimido

Recapitulando o que vimos na aula passada: erros mais comuns parte 1, vimos, entre mim e você, mau (com U) e mal (com L), diferença de A (preposição) e Há (verbo haver), significado de tem e vem (sem acento) e têm e vêm (com acento).

Pois bem, vamos tratar de outras diferenças que suscitam dúvidas.  

Para MIM – Para EU

Diferença entre para mim e para eu:
É possível usar para mim, é possível usar para eu? Sim, vamos lá:

Se a função for de complemento, você usa sempre PARA MIM, pois “mim” é um pronome oblíquo tônico de 1ª pessoa do singular.

Na função de sujeito você usa PARA EU, sendo assim, será sujeito de um verbo no infinitivo, se depois deste pronome houver um verbo no infinitivo, é sinal de que este pronome está desempenhando a função de sujeito, desta forma utiliza-se PARA EU.

O que é verbo no infinito?

São as formas verbais terminadas em “ar”, “er” ou “ir” (cantar, vender, partir, sumir, fazer, acontecer etc.)

Exemplo:

Deram o livro para mim. Veja que a função aqui é de complemento, objeto indireto. A preposição rege sempre o pronome mim.

Deram o livro para eu ler. Veja depois do pronome, temos um verbo no infinitivo ler. Aqui a preposição está regendo o verbo, desta forma você usa eu, como sujeito desse verbo.

A preposição não está regendo o pronome e sim o verbo.                              

Portanto, sempre depois da preposição usa-se mim. E sempre que a preposição estiver regendo o verbo no infinitivo, usa-se eu.

Desinência

Desinência é terminação da palavra. Existe desinência nominal e verbal.

Por exemplo: o S é uma desinência nominal, ao escrever a palavra meninos, você tem a desinência s de plural.

Abordamos desinência sobretudo no aspecto verbal.

Então temos, desinências:

  • Modo-temporal
  • Número-pessoal

A desinência modo-temporal (modo/tempo), identifica como o próprio nome já sugere o modo e o tempo verbal. Existem na língua portuguesa, três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo.

Indicativo – Serve sempre para indicar um fato real, um fato certo, certeza.

Subjuntivo – Indica dúvida.

Imperativo – Indica principalmente ordem.

Temporal porque indica tempo, se o tempo é presente, se o tempo é passado (pretérito) ou se o tempo é futuro.

A desinência número-pessoal (número/pessoa), numeral porque é desinência de singular ou de plural, e pessoal se é 1ª, 2ª ou 3ª pessoas do singular ou do plural.

Exemplo:

Apropinquássemos – vem do verbo apropinquar, é sinônimo de aproximar, é um verbo pronominal, é antônimo de afastar.               

Vamos fazer uma análise mórfica da palavra, que é fazer uma análise estrutural, pegar a palavra e dividir em pedacinhos, procurando identificar cada um dos elementos mórficos da palavra.    

Existe a letra AR que identifica que esse verbo pertence a 1ª conjugação, todos os verbos da língua portuguesa terminados em ar, pertencem a 1ª conjugação (cantar, amar, adequar etc.).

Os verbos de 2ª conjugação, terminam em ER (vender, comer, fazer etc.).

E os verbos de 3ª conjugação, terminam em IR (partir, sumir, gerir, delinquir etc.)

Vamos fazer a chamada análise mórfica da forma verbal apropinquássemos.

Radical = Apropinqu – Radical é a forma verbal com supressão das terminações ar, er, ir, então, no exemplo apropinquar, retira o ar, o que sobra é o radical.

Vogal temática = A  – Vogal temática porque é a vogal que identifica que o verbo pertence a 1ª conjugação.

Tema = Apropinqua – Quando você junta o radical com a vogal temática, temos o chamado tema. O tema é exatamente o verbo no infinitivo com a supressão da letra R.

Sobraram dois elementos – sse e mos.

Observe que a forma sse é uma terminação, que identifica as chamadas de desinências, os elementos que sobram são as desinências.

Essas desinências ocorrem em todas as pessoas do pretérito imperfeito do subjuntivo.

As terminações sse é identificadora do pretérito imperfeito do subjuntivo.

Por isso, que no exemplo chama-se desinência modo-temporal.

DMT: sse é uma desinência modo-temporal.

A terminação mos, ocorre apenas em 1ª pessoa do plural.

DNP: mos, desinência número pessoal.

Viagem – Viajem

VIAGEM (com G) – Cujo plural é viagens, é sempre substantivo.

VIAJEM (com J) – Não há forma de plural, pois já está no plural, é a 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo viajar.

Veja que o o verbo viajar se escreve com J, então naturalmente viajem com J.

Sempre que você usar um substantivo, é possível colocar antes desse substantivo, um artigo, um numeral, um determinante, aí, vai ser sempre viagem com G.

Exemplos:

A viagem – Minha viagem – Esta viagem – Uma viagem.

Podendo ter a forma plural: As viagens – Minhas viagens – Estas viagens etc.

VIAJEM (com J) é a 3ª pessoa do plural do presente subjuntivo do verbo viajar.

Espero que vocês viajem ainda este ano.

Espero que viajem bem.

Uso de vírgula

Eu quero mostrar para você três regras fundamentais para o uso de vírgula. Inclusive temos uma live exclusiva falando sobre o uso de vírgula.

Uma delas é com adjunto adverbial.

Adjunto adverbial, é aquele elemento que modifica a frase, modifica o verbo principalmente.

Quando é longo, a vírgula é obrigatória, se ele é pequeno, de pequena extensão (formado por até duas palavras) a vírgula é opcional. Desde que ele esteja antecipado, esteja fora de ordem, esteja antecipado ou intercalado.

Exemplos:

Na semana passada, fizemos um curso.

Veja, “na semana passada“, é um adjunto adverbial que indica tempo e está no início da oração, então aqui, não tem nem o que pensar, vírgula obrigatória.

Fizemos, na semana passada, um curso.

Observe que, “na semana passada”, é igualmente um adjunto adverbial, porém está intercalado, está entre o verbo e o complemento.

Fizemos um curso na semana passada.

Neste caso não há vírgula, pois o adjunto adverbial está no fim da frase, está em ordem direta.

Impresso – Imprimido

Impresso e imprimido é forma verbal de particípio do verbo imprimir.

IMPRESSO – É a forma irregular de particípio. Na prática com os verbos ser e estar, você usa impresso. Você usa na voz passiva.

IMPRIMIDO – É forma regular. Com os verbos ter e haver, você usa imprimido. Você usa na voz ativa.

Exemplo:

Eu havia imprimido meus livros naquela gráfica.

Veja, que é imprimido, porque o auxiliar é o verbo haver.

O livro foi impresso naquela gráfica.

Veja que impresso, porque neste caso eu estou usando o particípio na voz passiva, o verbo ser é o verbo auxiliar.

Observe, eu só uso o impresso e imprimido, quando o o verbo imprimir tem o sentido de gravar, de passar por impressão gráfica.

Porque o verbo imprimido pode significar: dar velocidade, agir.

Exemplo:

Eu tinha imprimido uma grande velocidade a moto.

Está certo.

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